Foi esse perfil, dizem pessoas do setor, sob reserva, que a cacifou para o cargo. Ela é vista com bons olhos por ONGs, atletas e também por confederações, e o anúncio deverá acontecer nesta semana, junto com o restante dos ministros do futuro governo.
Um dos principais desafios da futura ministra será reconduzir a pasta ao status de ministério -o Esporte foi rebaixado a secretaria especial por Jair Bolsonaro .
Por outro lado, à frente da ONG Atletas Pelo Brasil, nos últimos anos ela foi uma das articuladoras da sociedade civil em prol da Lei Geral do Esporte e do Plano Nacional do Desporto.Ambos, como a própria destacou em entrevista à Folha de S.Paulo no final de 2021, são pilares para o redesenho da política pública esportiva, junto com o Sistema Nacional do Esporte.
«O esporte brasileiro tem muito pouco em termos de estrutura pública. Ele resiste, se vira e até se amplia por conta da organização da sociedade civil. O que é péssimo, porque só o poder público é capaz de criar estruturas em escala nacional», afirmou ela na ocasião.
Como integrante do Conselho Nacional do Esporte, ela ajudou a desenhar o projeto de política pública para o esporte baseado nesses três pilares defendidos por ela.
Reflexo disso, por exemplo, é que a maior fatia das verbas da Lei de Incentivo ao Esporte é captada para projetos de rendimento -atualmente, segundo o portal do governo federal, pouco mais de 50% do total captado pelo mecanismo até hoje é para essa rubrica.
Desde que se aposentou das quadras, em 1999, Moser vem se dedicando à democratização do esporte, à prática educacional, de inclusão e voltada para a saúde.
Em 2001, ela fundou o Instituto Esporte e Educação, organização que realiza projetos para atendimento sobretudo da população de baixa renda. Em 2005, em parceria com a Unicef e com o canal ESPN Brasil, criou a Caravana do Esporte, «movimento de ação e mobilização social pelo direito das crianças ao esporte, ao lazer, à educação e à cultura», como diz a página do projeto.
Segundo seu instituto, a iniciativa já atendeu, indiretamente, quase 3 milhões de crianças entre 7 e 14 anos, em cidades com baixo IDH . Do Folhapress
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