Há pessoas que carregam em seus nomes o peso de seu significado. Antônio Carlos Rabat, ou simplesmente Rabat, como todos o chamam, é uma dessas almas. Seu nome, de origem latina, traz consigo a essência do que ele é: inestimável, precioso, valioso, digno de apreço. E, para Ilhéus, ele é tudo isso e mais um pouco.
Médico cirurgião, Rabat dedica sua vida a salvar outras vidas. Suas mãos, firmes e precisas, realizam cirurgias que trazem alívio e esperança a quem precisa. Mas há alguns anos, ele próprio precisou de esperança. A Covid-19 o atingiu com força, e Rabat travou uma batalha intensa na UTI. A luta foi dura, mas ele tinha algo que nem mesmo o vírus poderia vencer: uma vontade inquebrantável de viver e uma fé que movia montanhas.
As orações de familiares, amigos e pacientes ecoaram pelos corredores do hospital. E Deus, em Sua infinita sabedoria, ouviu. "Rabat, volte", disse Ele. "Ainda há muito para você fazer." E ele voltou. Não apenas para continuar sua missão como médico, mas para ser um farol de resistência e gratidão.
Rabat é também um homem de alegria e tradição. Todo ano, ele veste-se de branco e azul, transformando-se em um dos Filhos de Gandhi no Carnaval de Salvador. É sua forma de celebrar a vida, a cultura e a união. Ele dança, canta e contagia a todos com seu sorriso largo e seu espírito livre. É nesses momentos que se vê o outro lado de Rabat: o homem que, além de salvar vidas, sabe como vivê-las com intensidade e alegria.
Aqui em Ilhéus, Rabat é mais do que um médico. É um símbolo de força, dedicação e humanidade. Sua história nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, a luz da esperança e o poder da fé podem nos guiar de volta à vida. Ele é, de fato, inestimável.
E quando o vemos vestido de branco, desfilando com os Filhos de Gandhi, lembramos que Rabat não é apenas um homem que sobreviveu. Ele é um homem que renasceu, trazendo consigo a missão de espalhar cura, alegria e amor.
Rabat, você é precioso. E Ilhéus sabe o quanto é sortuda por tê-lo. Que continue brilhando, seja no bloco de Carnaval, no centro cirúrgico ou no coração de todos nós. A vida ainda tem muito para você, e nós temos muito a agradecer por tê-lo aqui.
Porque, Rabat, você é, e sempre será, inestimável.
"Que Oxalá, o grande pai vestido de branco, continue iluminando seu caminho, Rabat. Assim como os Filhos de Gandhi carregam a paz e a alegria, você carrega a cura e a esperança. Axé, meu irmão! Que seu branco seja sempre a luz que guia, e que o axé da vida nunca falte em seu coração."
Por: Carlos Clarus - Cronista Politico e professor
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