Ilhéus: Polícia nega morte de garota de programa por estupro e revela causa
A jovem, que era garota de programa, havia procurado a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Ilhéus para relatar que teria sido atacada por três homens na madrugada do dia 18 de agosto, na Rua Castro Alves, bairro do Pontal.
Apesar de informações circularem em veículos de comunicação e nas redes sociais afirmando que a morte da jovem teria ocorrido em decorrência do agravamento das lesões internas provocadas pela violência sexual, a Polícia Civil, por meio de nota, nega que essa tenha sido a causa do óbito e afirma que divergências durante as investigações indicam que ela não foi estuprada.
"A Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Ilhéus, esclarece as informações falsas que vêm sendo divulgadas a respeito de Stefany Nathaly Alves. Foi instaurado Inquérito Policial para apurar o fato, com expedição de guias periciais e oitivas de testemunhas. Os possíveis suspeitos foram identificados e investigados", diz um trecho da nota.
A Deam segue: "no entanto, diante de divergências verificadas nos depoimentos e dos resultados dos exames periciais realizados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), não foram constatados elementos que comprovassem a ocorrência de estupro coletivo".
A Polícia Civil esclareceu ainda que as investigações continuam em curso e que "Stefany Nathaly Alves era paciente oncológica, tendo sido submetida a tratamento e cirurgia decorrentes de câncer de parótida, e que seu falecimento decorreu de metástase pulmonar por neoplasia maligna, sem relação com o fato registrado".
Entenda o caso
Uma mulher de 26 anos, que trabalhava como garota de programa, denunciou ter sido estuprada por três homens na madrugada do dia 18, na Rua Castro Alves, bairro do Pontal, em Ilhéus (BA).
Segundo relatos, um dos suspeitos fingiu ser cliente e marcou o encontro, ao chegar, a vítima foi atacada pelo grupo e só conseguiu escapar pulando de um carro em movimento.
Após o crime, a mulher apresentou arranhões e hematomas e descreveu os agressores como: um homem branco com cavanhaque, um caboclo de cabelo liso e um homem negro. Ela realizou exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), e a investigação está a cargo da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
À época, a Polícia Civil informou que iria ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de videomonitoramento para identificar os suspeitos.
Por Andrêzza Moura A Tarde
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