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Bebê morre em hospital de Candeias e é colocado no caixão em via pública: "Absurdo e macabro"

Foto Reprodução do You Tuber

"É uma dor muito forte porque eu nunca imaginava que fosse acontecer isso. 'Botar' ele do lado de fora, igual a cachorro. Eu podia estar com ele nos meus braços", disse Érica Xavier, mãe da criança que precisou ter o corpo "arrumado" pela família no caixão na rua, ao lado de uma caixa de lixo, em Candeias, região metropolitana de Salvador.

Segundo a família, o Hospital Ouro Preto, unidade onde o bebê faleceu, não disponibilizou um local para o corpo da criança ser acomodado para enterro. Uma testemunha registrou um vídeo que mostra o pai da criança preparando o caixão. [Assista vídeo acima].

Érica tem 33 anos e teve a gestação interrompida pela 3ª vez. Na segunda-feira (8), ela começou a sentir dores de contração e foi para o hospital. Ela foi atendida e teve o bebê, que nasceu já sem vida.

A família não podia arcar com os custos do sepultamento e teve ajuda da prefeitura da cidade. Segundo a família, quando os funcionários da funerária chegaram, o corpo da criança já estava do lado de fora da unidade.

Érica foi informada que poderia ter interrompido a gravidez para fazer uma cesariana, por volta do 7º ou 8º mês de gestação. Dessa forma, o bebê teria possibilidade de nascer vivo.

"A médica conversou comigo direitinho e disse 'seu filho não tem nada de doença de Covid, ele morreu de problema de açúcar, podia tirar antes. Lá onde eu moro não tinha obstetra, não tinha nada. Depois que marcou o obstetra, conversei com ele. Com 15 dias poderia interromper mas não chegou lá", contou Érica.

Por meio de nota, a prefeitura de Candeias disse que recebeu com extrema indignação as imagens divulgadas nas redes sociais. O órgão municipal também informou que notificou a funerária, que terá que dar explicações sobre o fato ocorrido.

Além disso, a Secretária de Saúde abriu uma sindicância para apurar o ocorrido e identificar todos os envolvidos. Inicialmente, já foram afastados todos os funcionários da equipe que trabalhou no hospital na segunda (8) e participou do atendimento à Érica. Conteúdo do G1





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