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Desembargador nega habeas corpus a ex-prefeitos de Eunápolis e Porto Seguro


O desembargador federal Francisco de Assis Betti negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa dos ex-prefeitos de Eunápolis, Robério Oliveira, e Porto Seguro, Claudia Oliveira. A informação é do portal Políticos do Sul da Bahia, que repercute a prisão do casal, ocorrida manhã desta terça-feira (15), em Porto, no âmbito da Operação Fraternos.

Eles são acusados de desviar recursos públicos em suas respectivas gestões administrativas. Alvos de prisão preventiva, Robério ficou no presídio de Eunápolis e Claudia está no presídio de Teixeira de Freitas .


A Justiça também determinou a prisão de outras quatro pessoas, entre elas o ex-vice-prefeito de Porto, Humberto Adolfo Gattas Nascif Fonseca Nascimento, ex-vice prefeito de Porto Seguro, conhecido como Beto do Axé Moi, ele se entregou à polícia em Porto Seguro, extremo sul da Bahia, nesta quarta-feira (16).

Ele era um dos alvos de mandados de prisão preventiva na "Operação Fraternos". Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, ele estava em Belo Horizonte e participa de audiência de custódia às 14h desta quarta-feira.

Segundo investigações, ele foi o responsável, em “parceria” com o ex-prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira, por "adicionar" no esquema um núcleo para “fornecimento de infraestrutura para as festas de Carnaval, de São João e de Natal". De acordo com o MPF, Robério e Beto acresceram ao grupo a “organização de festas populares às suas atividades, especialmente por intermédio de contratos administrativos ilusórios”.

A decisão fala ainda se desvios de recursos federais para pagamento de pesquisas eleitorais no pleito de 2016, quando Robério teria encomendado o levantamento a Agenor Gasparetto, responsável pela Gasparetto Pesquisas e Estatísticas, com "assentimento de Cláudia Oliveira e Beto Axé Moi, que eram candidatos a reeleição”.

OPERAÇÃO FRATERNOS

A Fraternos foi deflagrada em novembro de 2017, com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa criada por prefeitos, que teria fraudado licitações das prefeituras de Eunápolis, Porto Seguro e também de Santa Cruz Cabrália. Na época, as investigações indicavam que Robério, Claudia e o então prefeito de Santa Cruz, Agnelo Santos, todos do PSD, teriam fraudado contratos que somam R$ 200 milhões. Santos é irmão de Claudia.

Com os desdobramentos do caso, eles chegaram a ser afastados das funções públicas. Mas, em 2018, retornaram aos respectivos cargos.








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