A última ceia de Paloma, jovem estuprada e morta a facadas em Ilhéus
No dia seguinte, terça-feira (25), Carminha foi trabalhar cedo – não estava de folga no feriado porque era empregada de um hotel. Antes de sair, foi ao quarto de Paloma e se despediu. No meio da tarde, Paloma ligou para a mãe e perguntou se podia beber o vinho que estava na geladeira. Quando voltou para casa, no final do expediente, Carminha não encontrou a filha nem a garrafa de bebida. Deduziu que ela havia saído para beber na rua.
Por volta das 20 horas, Carminha telefonou para a filha. A jovem estava num local com música alta e disse à mãe que, provavelmente, não dormiria em casa, algo que nunca havia feito. Como estava cansada, Maria do Carmo dormiu cedo. Na madrugada de 26 de dezembro, acordou num sobressalto e constatou que a filha ainda não tinha voltado para casa.
Quando amanheceu, a mãe ouviu de uma amiga da filha que Paloma poderia ter saído com um homem apelidado de Bêda, morador do bairro Hernani Sá. Como mora no bairro vizinho, o Nelson Costa, Carminha foi a pé à casa de Bêda, que disse não saber do paradeiro da jovem e que mal a conhecia.
Desesperada, Maria do Carmo foi à Polícia Civil e apontou Bêda como principal suspeito pelo desaparecimento de Paloma. Na quinta-feira (27), Carminha não estava conseguindo se concentrar no trabalho e saiu mais cedo. À tarde, quando chegou em casa, recebeu um telefonema do Departamento de Polícia Técnica (DPT), solicitando que ela fosse à unidade, localizada no Centro de Ilhéus, para verificar se um corpo encontrado no lixão do Cururupe era o de sua filha. Carminha desmaiou ainda ao telefone. Depois, refeita, foi ao DPT e identificou o corpo da filha.
CRIME NUNCA FOI SOLUCIONADO
O laudo da perícia técnica constatou que Paloma Goldmann Santos sofreu violação sexual e depois foi morta com, pelo menos, 25 facadas. Bêda chegou a ser ouvido no inquérito policial. Ao fim das investigações, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) entendeu que não existiam indícios para acusá-lo. Lá se vão quase 9 anos, o crime nunca foi solucionado.
Maria do Carmo não sofre muito no Dia das Mães, porque lembra da filha dizendo que essa era uma data criada para movimentar o comércio. Ela sente mais falta de Paloma no Natal, época que já achava triste mesmo antes do assassinato da caçula. Conteúdo Blog Pimenta
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