Baiano Isaquias Queiroz leva a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio
- Tô meio que aéreo ainda... É diferente ganhar uma medalha de ouro. Estou feliz, mas estou mais feliz por estar deixando vocês no Brasil mais felizes - disse Isaquias logo após a prova.
Agora, o brasileiro soma quatro medalhas olímpicas em sua carreira (o ouro de Tóquio e duas pratas e um bronze da Rio 2016). Foi o único brasileiro em toda a história a conquistar três metais em uma única edição do megaevento. Ele também ostenta 12 pódios em Campeonatos Mundiais (dos quais seis ouros) e quatro em Jogos Pan-Americanos (três ouros).
Antes da finalíssima, uma chuva forte caiu na baía de Tóquio em decorrência da passagem de um tufão na região. Cerca de 20 minutos antes da largada, porém, os céus deram uma trégua e permitiram que a disputa se desenrolasse sem problemas.
Nas eliminatórias, na manhã de sexta-feira no Japão (quinta à noite no Brasil), Isaquias já se impôs e marcou o melhor tempo no geral. Na manhã deste sábado, venceu a segunda bateria semifinal e, após sorteio, foi balizado na raia 4 na final.
O baiano havia terminado a final do C2 1000m, na quarta-feira na quarta posição ao lado de Jacky Godmann. Depois da disputa, ele chorou, passou mal e decidiu que entraria na briga por medalhas no C1 1000m com disposição redobrada.
Atleta do Flamengo, ele treina há sete anos em Lagoa Santa, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, sob o comando de Lauro de Souza Júnior, o Pinda. Talentoso desde a adolescência, quando foi descoberto ainda em Ubaitaba, sua cidade natal na Bahia, Isaquias acabou lapidado pelo lendário técnico espanhol Jesus Morlán, que conquistou várias medalhas olímpicas na canoagem velocidade como orientador do compatriota David Cal.
Nenhum comentário