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Esgoto a céu aberto no Hernani Sá: um drama sem fim

O morador Gilvan Paiva , de 45 anos, vive há 15 anos no caminho 41, no Bairro Hernani Sá, Bahia. Todos os dias, ele tem que conviver com um cenário desolador: o esgoto produzido pelas casas do caminho escorre a céu aberto pela rua, formando poças de água suja e mau cheiro.

É um absurdo, uma falta de respeito com a gente. A gente paga imposto, paga água, paga luz, e não tem o mínimo de dignidade. O esgoto traz insetos, ratos, baratas, mosquitos. A gente vive com medo de pegar uma doença grave”, desabafa Gilvan, que trabalha como segurança.

Ele conta que já tentou várias vezes entrar em contato com a Embasa, mas nunca obteve uma resposta satisfatória. “Eles dizem que vão mandar uma equipe, mas nada acontece. É só enrolação. A gente se sente abandonado, reclama.

Gilvan não está sozinho nessa situação. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, quase 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço de coleta de esgoto e somente 49% de todo o esgoto gerado no país passa por algum tipo de tratamento1. A falta de saneamento básico faz com que essas pessoas tenham sua saúde e qualidade de vida diretamente afetadas.

Entre as principais doenças transmitidas pela ausência de tratamento de água e esgoto estão: diarreias, amebíase, cólera, leptospirose, disenterias, hepatite A, esquistossomose, febre tifoide, ascaridíase, toxoplasmose1. Embora pareça um problema simples, a diarreia é a segunda principal causa de morte em crianças menores de 5 anos ao redor do mundo, como mostra a Organização Mundial da Saúde (OMS)1.

Diante desse cenário, nós, do Blog Ilhéus Informe, fazemos um apelo à Embasa, para que tome as providências necessárias e urgentes para acabar com o esgoto a céu aberto no Hernani Sá. Essa é uma questão de saúde pública, de justiça social e de respeito aos direitos humanos. Não podemos mais tolerar essa situação de abandono e descaso. A população merece uma resposta e uma solução.




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