PSOL Analisa Retirada de Candidatura e Aliança com Adélia Pinheiro em Ilhéus"
"Ilhéus enfrenta uma escolha entre uma disputa com a direita, que pode representar um retrocesso, e a intenção de estabelecer um governo progressista. Diante dessa situação, decidimos que é hora de abrir um diálogo formal com a pré-candidatura do PT", explicou Makrisi.
Para ele, Ilhéus necessita de um governo que inverta as prioridades da Prefeitura. Na educação, por exemplo, isso significaria priorizar a contratação de professores por concurso público, abandonando as contratações temporárias e precárias. Ele argumenta que essa é a única forma de garantir a capacitação contínua do corpo docente. "A prioridade tem sido construir estruturas básicas chamadas de escolas e fazer contratos temporários, precarizando o ensino para garantir apenas a presença de alguém na sala de aula", criticou.
Ex-vereador (2016-2020) e militante do PT por 18 anos, Makrisi considera que os demais pré-candidatos ainda não estabeleceram compromissos claros com a população de Ilhéus, incluindo a pré-candidata do PT. "Todas as pré-candidaturas, inclusive a da companheira Adélia, não deixaram claro para a sociedade suas prioridades e compromissos. Sabemos que a pré-candidatura de Adélia representa o Governo do Estado e dialoga com movimentos populares e com a esquerda, assim como nós. Mas precisamos entender se a nossa visão de inversão de prioridades se encaixa nessa proposta."
Além disso, o PSOL está explorando a possibilidade de indicar um candidato a vice na chapa liderada pela Federação Brasil da Esperança. "Temos um nome, que é o meu, que pode contribuir para a composição da chapa majoritária. Precisamos ver como eles receberiam essa proposta", disse Makrisi.
O PSOL ainda vai definir os termos do acordo que pretende levar à Federação, mas Makrisi antecipou alguns pontos que defenderá no partido. Um deles é o passe livre no transporte coletivo para estudantes da rede municipal. "Não abro mão disso. Outro ponto é a nova licitação do transporte público", acrescentou.
Makrisi também criticou a gestão do prefeito Mário Alexandre (PSD) pela desfasagem do orçamento do município em comparação com cidades de porte semelhante, como Porto Seguro e Jequié. "Nosso orçamento é quase a metade do de Itabuna", afirmou, atribuindo o problema à falta de planos municipais estratégicos para captação de recursos.
"Ilhéus precisa de um choque de gestão. No primeiro ano, é necessário iniciar a construção dos planos municipais. Sem eles, perdemos muito em termos de recursos. A Universidade Federal do Sul da Bahia apresentou uma proposta para criar o Plano Municipal de Redução de Riscos. A Prefeitura diz que está fazendo, mas quem realmente está fazendo é a Universidade. O Plano Diretor está vencido há oito anos, e o Plano de Redução de Riscos depende do Plano Diretor. Não temos planos de saneamento e habitação, e quase nenhum outro plano", concluiu.
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