Casa onde Jorge Amado morou em Ilhéus é alvo de furto e vandalismo

A casa onde o escritor Jorge Amado viveu até os 18 anos, localizada no centro de Ilhéus, no sul da Bahia, foi invadida e vandalizada na sexta-feira (4 de abril de 2025). Criminosos arrombaram portas, quebraram vidros e furtaram itens do acervo do autor, incluindo livros, esculturas, móveis familiares e uma televisão. O imóvel, que estava interditado para restauração desde janeiro, não tinha visitantes no momento do crime. Nenhum suspeito foi identificado até o momento, e o caso está sob investigação da polícia local.

Acervo temporariamente no Teatro Municipal

A maior parte das peças do acervo de Jorge Amado já havia sido transferida para o Teatro Municipal de Ilhéus, próximo à residência, onde está aberta para visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Antes da interdição, o ingresso para a casa custava R$ 5. A secretária municipal de Cultura, Anarleide Cruz Menezes, informou que um comitê emergencial foi formado para agilizar a reforma, mas não há previsão de conclusão.

Danos e repúdio da Prefeitura

Além do furto, os invasores causaram estragos nas portas do primeiro andar e em vitrines lacradas. Em nota, a Prefeitura de Ilhéus repudiou o ato e reforçou seu compromisso com a preservação do patrimônio cultural. A casa, construída na década de 1820, possui elementos históricos como pinturas italianas no teto, estrutura de jacarandá e um lustre dos anos 1960. O espaço abrigava objetos pessoais do escritor, incluindo um quarto preservado de seus pais e um painel sobre a trajetória da família.

Fonte: G1 Bahia