Ilhéus: Enfermeira voluntária relata que homem não a deixou aplicar vacina contra Covid-19 porque ela é negra
A estudante Thaís Carvalho está concluindo curso de enfermagem. Ela também é maquiadora e todos os dias, ajuda, de forma voluntária, a vacinar pessoas no Cras Norte, no bairro Jardim Savoia.
'O senhor, que estava acompanhado da filha dele, e ela pediu para que a gente fosse vaciná-lo no carro. Eu falei assim: 'O senhor quer que eu te vacine logo? O senhor é o próximo'. Ele falou que não. Aí eu perguntei: 'O senhor já fez a ficha?' Ele: 'Meu filho está fazendo a ficha, mas você não'. Aí eu abaixei na direção dele e perguntei o motivo. Aí ele virou para mim e disse: 'Porque você é negra'", contou a enfermeira voluntária.
"Na hora, não tive reação. Eu sempre pensei que se isso acontecesse comigo, eu ia reagir de tal maneira, mas não consegui. Eu me senti totalmente impotente".
Thaís Carvalho não conseguiu identificar o paciente, pois somente na segunda-feira (17), foram vacinadas mais de 500 pessoas no local. Mesmo assim, ela vai até uma delegacia de polícia registrar boletim de ocorrência sobre o caso, na tentativa de que ele seja identificado e punido.
"Eu fiz a vacinação e voltei. Ele já tinha saído da sala de vacina, tomado a vacina dele", detalhou a jovem.
Após o caso ser notificado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o secretário de saúde Geraldo Magela, repudiou o fato e agradeceu Thaís Carvalho por se oferecer para participar da vacinação de forma voluntária.
"Mesmo em um país miscigenado, com uma população bastante miscigenada, a gente ainda observa comportamentos como esses, que deveriam ser abolidos da sociedade. Nós devemos apoiar totalmente essa funcionária e agradecê-la por estar como voluntária no processo de vacinação", disse o secretário de saúde.
Nas redes sociais, Thaís Carvalho recebeu muitas mensagens de apoio, palavras de carinho, conforto, que tem ajudado a superar o momento.
"Como eu sou estudante de enfermagem, eu sei a necessidade que nosso país está tendo com a vacinação. Por isso, decidi me doar a isso", disse a jovem, que prometeu seguir o trabalho no Cras. Informações do G1
Eu moro aqui sul na cidade de Guabiruba SC,sou de ilhéus irmão de já passei por essa situação pôr duas, mais qui seguir em frente.eu acho que esse tipo de preconceito e racismo qui acontece hoje no século 21, são dessas famílias qui criaram esses futuros filho sem a respeitar as raças diferente qui a nossos pais ou em outros qui aconteceu tbm nós Estados Unidos.lamemtavel tudo isso.
ResponderExcluirObs:sou irmão de boca de ilhéus
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