Família mineira dada como desaparecida por 13 dias é encontrada em Ilhéus
Por quase duas semanas, nenhuma notícia de Vinícius dos Santos Euzébio Carvalho Martins, de 21 anos, que deixou a comunidade, no dia 6 de agosto, para trabalhar como jardineiro na zona rural de Ilhéus.
Mudou-se para o município do sul da Bahia com a esposa, Dálete Alves Martins Carvalho, e os dois filhos do casal, de um e três anos de idade. Tomou a decisão atraído por promessa de trabalho como jardineiro no distrito de Aritaguá.
Um mês após a mudança, deixou de fazer contato com os familiares em Minas Gerais. Falou com a mãe pela última vez no dia 6 de setembro, segundo relato de Larissa Augustinho do Nascimento, esposa de um primo de Vinícius.
Larissa afirmou que, além da falta de contato, acontecimentos relatados anteriormente por Vinícius chamaram a atenção da família. O jovem parecia frustrado ao comentar as condições de trabalho e moradia. A realidade era diferente do que lhe foi prometido pela contratante, uma mulher cujo nome não foi informado ao site.
“Ele entrou em contato com a gente, falando que não era aquilo que ele esperava. Não era a mesma coisa das imagens, das fotos que ela [a contratante] mandou. E o trabalho não era também a mesma coisa que ela tinha prometido para ele”, conta Larissa do Nascimento.
Além das funções de jardineiro, Vinícius também colhia e vendia cocos a serviço da dona da propriedade, acrescentou Larissa. A maior frustração viria ao final do primeiro mês de trabalho, quando o jovem teria sido alertado de que o seu salário cobriria apenas as despesas da própria família, que morava em um imóvel da mesma contratante. A moradia teria que ser remunerada com aluguel.
Insatisfeito, Vinícius dos Santos decidiu sair do emprego e da casa para trabalhar e residir em uma propriedade próxima. No dia 6 de setembro, quando falou com os parentes de Minas, estava fazendo a mudança.
Larissa do Nascimento contou que a dona do primeiro lugar em que Vinícius trabalhou teria exigido o pagamento de R$ 1 mil, como rescisão do aluguel da casa onde o jovem morou por um mês. A suposta dívida viria a ser mais um motivo de preocupação durante os dias em Vinícius e Dálete não fizeram contato com a família.
“FOI UM MAL ENTENDIDO”
No dia 13 de setembro, Larissa do Nascimento foi a uma delegacia da Polícia Civil, em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e registrou boletim de ocorrência do desaparecimento da família recém-chegada a Ilhéus. Também tentou acionar a Polícia Civil da Bahia com a ajuda de conhecidos, mas, procurada pela reportagem, a corporação informou que não há registro do caso no seu banco de dados.
Nesta sexta-feira (19), Larissa informou ao site que Vinícius havia restabelecido contato. Ele disse que ficou sem celular, pois o aparelho quebrou. Foi um colega do novo trabalho em um areal quem o contou da notícia do desaparecimento, que circulava nas redes sociais.
Por meio de Larissa, o jovem enviou uma mensagem de áudio:
– Aqui é o Vinícius. A gente foi encontrado, sim. Na verdade, foi um mal entendido. A gente estava sem celular e não conseguiu se comunicar a tempo [com os familiares de Minas Gerais]. Estamos bem, graças a Deus. Está todo mundo joia, eu e minha família, estamos todos muito bem e retomamos a comunicação. Está tudo certo.
Informações do Pimenta Blog
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